BARCO SOLITÁRIO

Balbuciei as palavras do cais ensombrado.

A neblina pouco se via na solidão.

Rumores balançavam as ondas turvas.

Criei silêncios preenchendo-me de vazios.

O horizonte ofuscavam meus olhos.

Sozinho estou, nem sei para onde vou.

Orvalho seco aquece o fastio corpo.

Leva um pouco de mim nas viagens.

Ilumina e encoraja minha voz que se perde.

Traga um novo sol para este dia cinzento.

Aconchega a roupa fria esperançosa.

Reme a solidão flagelada e navegue a saudade.

Invadi a estrada e seja breve até o porto.

O barco se vai e carece extremamente de amor.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 21/07/2015
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T5318458
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