BARCO SOLITÁRIO
Balbuciei as palavras do cais ensombrado.
A neblina pouco se via na solidão.
Rumores balançavam as ondas turvas.
Criei silêncios preenchendo-me de vazios.
O horizonte ofuscavam meus olhos.
Sozinho estou, nem sei para onde vou.
Orvalho seco aquece o fastio corpo.
Leva um pouco de mim nas viagens.
Ilumina e encoraja minha voz que se perde.
Traga um novo sol para este dia cinzento.
Aconchega a roupa fria esperançosa.
Reme a solidão flagelada e navegue a saudade.
Invadi a estrada e seja breve até o porto.
O barco se vai e carece extremamente de amor.
Luciana Bianchini