SETENTA ANOS
Setenta’anos, uma vida
Quem me diria à partida
Que um dia aqui chegaria
Tanto fado, tantos fados
Tantos caminhos andados
Quantos bens, quanta poesia
E se esta graça logrei
Poucos sabem como eu sei
Que lutei por esta bênção
Fiz dos outros meus irmãos
Procurei dar-lhes as mãos
E fi-lo c’o coração!
Eugénio de Sá.
SETENTA ANOS
Serenidade em vida
É o segredo
Ter em mãos o enredo
E protagonizar
Neste êfemero palco
Tudo sem medo
Apenas conjugando o verbo amar
Amar sem medida
No irmão a acolhida
Os passos seguros
Segurando a sua mão
Angélica Gouvea