S.O.S (Poesia do Estropiado)

Os dias estão cinza amigo... E meu amor morreu.

A musica me faz chorar até gemer... Gemer de angustia.

Meu coração se derrama num copo vazio e sujo.

Oh! Minha alma é doente... Ajuda-me Deus, não consigo.

Risos eu escuto longe... Longe demais pai... Longe pai.

Casas são queimadas de fogo vermelho e azul.

Hoje a musica não mais me faz sorrir... Estou cansado.

E o inverno chegou, e fragmentos de vidro caem do céu.

Gostaria tanto de abraçar Deus. Ai minha amiga! S.o.s.!

Os meus olhos estão sangrando e saem vinho amargo.

Um anjo esqueceu-se de visitar minha casa.

Meu amor ele está sucumbindo de dores e amargura.

Um anjo foi na casa do meu amor e não falou de mim.

Isso eu sei poema mau, que tu me degolas com ira.

Tão negros são os dias que se apagam em nevoas.

Os cantos dos artistas foram embora pai... Pai.

Terra dança comigo, que sozinho eu giro sem eixo.

Amanhã... Não amanhã será a mesma coisa... Ai!

Realmente não há nada de novo nas minhas olheiras.

Dei minha vida em troca de centavos, e furados.

Eu quero mergulhar bem fundo em mim, pra sempre.

Pai eu vou ali e nunca mais voltarei... Eu prometo.

Ray sou um fracassado incompleto.

Amanhã a aurora não será vista nas serras.

Meu amor estar dizendo adeus... Eu não mais existo.

Invento palavras, mas, elas também não gostam de mim.

Mãe está chovendo ainda? Tá, mas agora é tempestade.

Vou embora desta farsa sorrateira e dolorosa, há doe.

Os meus olhos estão vermelhas de rosas murchas.

Um anjo tocou minha coxa e me deixou manco.

Meu amor desde a primeira vez... Desde a primeira...

Os passarinhos estão mortos no pátio da igreja.

Risos finos de crianças que dormem

Risos finos de crianças que choram.

Eu aqui com minha taça de veneno.

Risos finos de donzelas que flutuam nos Céus azuis.

Deus me ajuda, minha vida ela é tão irreal.

Eu não quero riquezas, mas, não quero os ver passar...

Saudade de minha bandeira tremeluzindo no mastro.

O que falta ó poema pra você me levar para o inferno?

Zebras coloridas me iludem as noites... E durmo.

Inevitável é não olhar pros teus olhos e chorar.

Na vida as raízes são enormes e atravessam os mundos.

Hoje a musica fez um buraco no cosmo imundo.

O vacou de minha cabeça me tragou profundo.

Eu te amo poesia, mas sei que tu me trais... E zomba.

Santo anjo não perca tuas asas na minha cama.

Tuas mãos têm perolas arranhadas pela fera da noite.

Amor amortiça a alma... E mata.

Risos de crianças nos parques e ele a ir embora... Adeus, paz.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 27/11/2014
Reeditado em 27/11/2014
Código do texto: T5050575
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