5.555-ANGÚSTIA NA RODOVIÁRIA FRIA-DESIGUALDADES - Acróstico filosófico - Por Silvia Araujo Motta/BH/MG/Brasil
5.555-ANGÚSTIA NA RODOVIÁRIA FRIA-DESIGUALDADES
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Acróstico filosófico nº 5.555
Por Silvia Araujo Motta/BH/MG/Brasil
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A-Afinal, trago alguns pensamentos uníssonos...
N-Nos momentos da longa espera do ônibus,
G-Garantem a observação das presenças:
Ú-Uns apressados correm, outros assentados:
S-São viajantes ou simplesmente andantes que
T-Temem pelos policiais que estão armados...
I-Inusitado pedido do estranho, me estende a mão,
A-Até que percebo, seus olhares baixos, anormais...
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N-Não tenho trocado, mas aceita a minha empada?
A-Ah! Quero sim! [ Tô com uma FOME danada!...]
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R-Revejo nos lados, os vários passageiros por perto...
O-O certo é que serão companheiros noite inteira!
D-Dormem, roncam, acordam, comem, levantam-se...
O-Ônibus frio com 22 graus, porta e janelas fechadas!
V-Vamos sonolentos pela estrada, de madrugada...
I-Impossível não notar, freadas bruscas do motorista!
Á-A pista molhada! Diferenças estão na preocupação!
R-Recomendam segurança máxima! Muita atenção!
I-Inúmeros transeuntes...mas um deles me absolve:
A-Angústia pelo pão! Por que há tanta desigualdade?
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F-Faz frio! Tarde da noite! Chuvinha, fina na realidade!
R-Rodoviárias exibem viajantes no chão, com cobertores!
I-Inacreditável! Amanheceu! Cheguei em minha cidade!
A-Agora mesmo, terei banho, comida.Teclados sonhadores!
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Belo Horizonte, quarta-feira, 30 de julho de 2014.
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