O ALFABETO
(Acróstico escrito aos 17 aninhos de idade)
A ntes de nascer, o alfabeto utilizamos
B enefício que nos vai fazer ter o nome que usamos.
C om idade mínima, a manuseá-lo aprendemos
D e papai, mamãe, titia, na primeira lição nós nos vemos.
E na escola primeira, vem a primeira nota,
F az riso, cara matreira, se da nota ele gosta.
G aranto que faz cara feia, se da nota ele não gosta.
H ão de entender que o alfabeto não é fácil
I nclusive escrever pois ter talento necessário é.
J á apelo para a poesia pois muito nos pode ajudar
L amento ter pouca rima; gostaria das estrofes “manjar”.
M as é preciso saber, não sou entendida em alfabeto.
N ós devemos conhecer sua importância de perto.
O nde quisermos ficar, usufruímos de seus benefícios
P ara documentos assinar,formulários preencher e cartas escrever.
Q uando o abecedário, não sabemos empregar
R ecorremos ao dicionário, pois iremos acertar.
S ão ao todo vinte e três, do alfabeto, componentes
T odas têm a sua vez pois revelam nossa mente.
U mas expressam alegrias, outras expressam tristezas
V azio e também apatia quando lemos sem a real beleza.
X do problema está em empregar palavras que não saibam
Z angue-te ao encontrar poesias como esta que nada falam!
Simone Possas Fontana
(escritora gaúcha de Rio Grande-RS, membro correspondente da
Academia Riograndina de Letras, autora dos romances
MOSAICO e A MULHER QUE RI)
Minhas Anotações:
- Poesia escrita em agosto/1979
- Publicada no suplemento O Peixeiro, do Jornal Agora (Rio Grande-RS,maio/1981)
- Publicada no blog: simonepossasfontana.wordpress.com