Passo próprio, ventania!
Era tanta alegria...
Radiante jaz o semblante,
inato traço de ouro beligerante.
Kamikaze, cara a tapa, cara à vida,
amante louca e rouca destemida.
Raiava-lhe o desejo do beijo
escondido na palha de fogo aceso.
Gemia a chama de trama intrincada,
indomável flama na canção entoada.
Não vai ela como ia Maria,
anda lá e cá de passo próprio, ventania!
Canoa quebrada, maresias, enseada,
ondas de mar bravio, arrepio de águas tensas,
rodopio, rodopio de voltas imensas.
Roda a relva e a selva que se adensa
embaraçando o que se pensa perigoso.
Aparatoso é teu jeito na inexistência do defeito.