C. Amaral
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Caminhar distante de quem se ama,
Aflige qualquer donoso coração... E dói.
Respire fundo, quando sozinha, na cama,
Lembrar-se da amizade fértil que constrói.
Imagine o tempo futuro, o da colheita...
Não fique presa ao presente que machuca.
Há pessoas esperanto sua volta, à espreita,
Altaneira glória que trará, razão da labuta.
Ah, os ares parisienses são românticos, sim!
Mesclam de sensualidade a saudade que fere...
Atire uma pedra no lago e observe os respingos.
Respingos da saudade que choram, sem fim.
Ainda ontem, quando menina, desejou sonhar.
Levou e deixará saudade por aí e por cá.
Iguatu-CE, 3 de junho de 2014.
10h42min
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