Graziely A Da S

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Gravar tua boca no meu sedento e molhado corpo,

Revigorando meu desejo no calor do teu batom...

Aliviaria, apenas, a tensão que sinto dentro de mim.

Zeus! Que deliciosos lábios, doces de jasmim;

Imponho-me limites, mas como posso resistir?

Entre teus lábios, além dos outros que se escondem,

Levita o torpor do fruto da libido que me consome.

Yes! Preciso embeber-me e quero beber tudo, sim!

Ah, quanto desejo me invade, quanta loucura e furor!

Zingrando meus pensamentos existem iniquidades...

Estremeço – meus músculos estão contraídos demais.

Vocifero teu nome, sonhando estar entre teus lábios.

Entenderias tudo, toda razão da minha crível insanidade?

Deus! Como é possível tanta beleza, que maldade!

O anseio e a angústia da espera machucam, isso não se faz!

Dentro de mim, metabolismos: construções e destruições.

Além de mim, apenas o desejo, o sonho, o sofrimento...

Sofrer tua ausência que a distância indesejável impõe;

Impor limites que a sacralidade quer de cada um de nós,

Leva de mim a serenidade da busca e da resignação.

Vou lutar, discordarei das regras, de todo meu sofrimento.

Afinal, a dor que sinto é dor de ternura e não de lamento.

Iguatu-CE, 28 de abril de 2014.

19h07min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 28/04/2014
Código do texto: T4786626
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