V O C Ê
V-olta-me de repente, quase que de súbito;
O semblante ofusca, aquela imagem sutil...
C-omo fumaça surge e num impulso vejo
E é você! Por que... Pergunto-me por quê?
S-omente a ti meus tristes olhos vêem,
E-m toda parte... Em todo sonho está!
M-ata de leve sem perceber talvez!
Pulverizando-me a mente em turbilhões,
Resta-me apenas a ilusão nada além!
E ter-te assim na imagem fico a sofrer!
Vacilantes, inconstantes são teus gestos,
O teu olhar perdura perplexo! A dor fere
C-auzando-te insensatez teu fim trágico
E assim, segues sempre a sofrer sozinha!
(em 02/2006)