FNM de A

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Fez-se o encanto quando Deus, inspirado, esculpiu você.

Lindas curvas, doce sorriso, forte e certeiro olhar...

Altivo, apesar de calado, quis da sua beleza desfrutar.

Velejei, enchi-me de tolos devaneios, de ilusões;

Invariavelmente, em todos os portos, prendi-me sem fenecer.

Ah! Quanta insanidade existe nas buscas imponderáveis.

Não que a vida precise ser nenhum sonho, doce quimera;

Na realidade, a vida pode e deve ser a colheita, a primavera.

Yes! Em qual das estações as folhas caem, posso saber?

Nebulosas, as nuvens me parecem pesadas demais.

Aqui, sem muito alarde, espero cada gota a me banhar...

A pele, ao toque das gotas, responde e de pronto se ouriça;

Mais que gotas, são lâminas do amor celestial.

Amor que transcende a materialidade e o contato real.

Meus olhos – sofrem ou se esbanjam de alegria?

Alegro-me com a presença ou a ausência me angustia?

Ganhei a noite, noite de sorrisos e de poesia...

Alimente-me a alma e me possibilite o voo, a magia.

Leia na voz binária do poeta, as notas da emoção.

Há vazios, há pausas, mas, também, o som do coração.

à – Que loucura! Este ‘A’ revestiu-se e se curvou!

Expressão de curva, silhueta de submissão à sua beleza.

Sim, doce princesa, por você até as letras se dobram.

Divina

E estonteante...

A melodia está em tom menor, parece um brinde.

Leve, suave, melancólica – quer nos convidar!

Meu corpo se mexe, quer bailar, sentir os acordes.

Entre os sons e as pausas, nossos corações...

Idas e vindas, dois para lá, dois para cá – valseando?

Deusa, quanta loucura! Estamos aqui, estou amando!

Ah, que lamentável! A noite se finda e a valsa encerrou.

Iguatu-CE, 12 de fevereiro de 2014.

00h22min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 12/02/2014
Código do texto: T4687745
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