Espinho.
Eis a terra que nos abraça e nos dá porto
Sentinela atenta deste mar de azul infinito
Ponto de aconchego que nos dá conforto
Iludindo toda a dor, e sarando todo o conflito!
Ninguém como tu, tem esse dom de sossegar
Humana quase és, e confidente sem igual...
Olhar-te à tardinha, a ver o sol se deitar
Raia-nos os olhos de água, e as narinas de sal...
Alma enorme do teu povo de mareantes
Incomum gente que te sente e que te cerca
Nas lides da pesca e no lazer dos veraneantes
Há no teu mar um abraço que a todos aperta!
As ondas desse mar chegam-te às calçadas
Do nada surgem, intensas e altivas
Alvoroçando as gentes, que fogem abraçadas...
Correndo em fuga das tuas marés-vivas...
Obra Divina de um Deus justo e perfeito
Sonho de chão que gera prazer e bem-estar
Tens no teu ar, algo de estranho e suspeito
A que não sei dar nome, mas que nos obriga a ficar...
Velas por todos nós, filhos de sangue, ou não...
E a todos nós te dás por inteiro!
Rainha Da Costa Verde és tu por definição
Deste povo que tem honra em ser Vareiro
E faz de ti a terra maior desta Nação...