Francineide Silveira

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Forçoso encontrar e se entregar ao deleite;

Renitentes, poderíamos até esperar mais...

Ansiosos, nossos corpos espreitam e o aceite

Não dependeria nunca de mim, mas de você.

Certo que os homens, somos apressados,

Invadimos intimidades e já pedimos tudo!

Na verdade, antecipamos o “Sim!” da nubente...

Exasperados, mais que vigorosos no pedir,

Imploramos tão somente pelo desejo de sentir.

De sentir que a fuga, embora pertinente,

Envaidece o ego, mas posterga o prazer.

Sejamos mais ousados, sejamos mais pele.

Imponha ao seu corpo apenas o necessário limite.

Leia cada sinal – observe, pois o corpo fala!

Veja os lábios, todos eles, e sinta os arrepios...

Espreguice-se na minha rede e se deixa penetrar!

Ingratidão seria, asseguro, fugir agora e sempre.

Rasgue-se dos pudores e se deixe amar, plenamente.

Aqui, na minha pele, está o porto – venha ancorar!

Fortaleza-CE, 24 de Julho de 2013.

20h08min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 27/07/2013
Código do texto: T4406674
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