Fernanda Nunes
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Fixo meu olhar no horizonte;
E ele, teimosamente, busca o teu...
Reinvento a parábola da divindade;
Nego a estultice do sutil acalanto;
Admiro cada ponto e me espanto:
Não acredito existir tanta beleza!
Deus – as musas, elas vivem, claro!
Ainda que não as possamos tocar...
Navegar é o sonho do cisalhamento...
Umas e outras ondas, o mar, o tormento.
Negrume, névoas, brisas e tempestades...
E, distante, espreitando toda luta,
Sereno porto, âncora viva das veleidades.
Crato-CE, 11 de Julho de 2013.
00h34min