À MINHA VENERANDA MÃE

FRANCISCA, eis o teu nome, minha veneranda mãe!

Reflete-se em minha mente o teu meigo, belo rosto.

Anima-me a doce esperança de encontrar-te um dia

Neste universo e na longínqua ou próxima paragem.

Cisma-me aquela bela, cintilante estrela distante, e

Introspectiva, fico a meditar nas emoções perdidas,

Sofrendo saudades que doem no peito, ausente do

Cálido coração que tanto alento me dava nesta vida.

Assim eras tu minha mãe, tão alegre e extrovertida!

Sempre transmitias esperanças, tão sábia e querida,

Animavas á todos e enérgica dizias “não” á covardia.

Nada te amedrontava, eras de fé, talvez escondesse

Temor, doenças, sofrimentos a acometer-te um dia!

Altaneira, corajosa, boa nordestina tal qual meu pai,

Nascidos na linda Alagoa Grande, o brejo da Paraíba,

A tua alma, coração, tuas lembranças, me confiavas.

Desalentos, cansaços, dores, também tuas saudades,

Envolvidos no tempo, na velhice que sutil te chegava.

Fugidios, amorosos, ternos, foram nossos momentos.

Aqui unidas ficamos até o fim desta tua jornada, mãe!

Ríamos, cantávamos aos acordes, teu violão inquieto,

Nas melodias que nos enternecia, tuas amáveis mãos.

Dizias agradecer á Deus, pois um filho teu não levara.

Seria grande dor no teu amoroso CORAÇÃO DE MÃE!

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Roseleide S. de Farias. http://leidefarias.blogspot.com

A Rosa Azul