Clarice 2

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Como não me sentir emocionado, diz?

Lindo e espontâneo sorriso você tem;

Alma leve, que exorbita singeleza, alegria...

Revigoro-me, sem perceber,

Impreterivelmente e sem fim,

Com a simples ternura que irradia,

Encantando o espaço, do seu ser.

Doçura de menina. Sonho, em forma de mulher,

Externo, neste verso, uma resposta - minha doação.

Corpo - referencial de homem, primeiro encanto.

Alma - referencial que transcende a materialidade...

Reinventar, desenhando traços, imaginando toques;

Viver - buscando na tela o cheiro, sem pranto,

Alimenta cada suportável instante longe de você.

Longe em razão do tato, mas, caminhando nos bosques,

Horas e horas a fio, sinto que a brisa que me toca,

Ousando beijar-me os lábios, tem algo do seu traço, crê?

Mais que inspiração, mais que ousadia de sonhador...

O toque sutil da brisa me diz, serenamente:

Respire fundo e se sinta a razão do mundo de alguém!

Espreite a paisagem verde ao seu derredor;

Imagine-se a dois, e não apenas que está só...

Recorde que a brisa, que suave vai e também vem,

Alivia a dor da saudade, da saudade de alguém.

Crato-CE, 27 de Janeiro de 2013.

20h07min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 27/01/2013
Reeditado em 27/01/2013
Código do texto: T4108744
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