Troncos Ocos Abençoados
Jorram por entre as veias as sensações
O som que provoca sem permissão, inquietas vibrações;
Ao toque dos tambores ecoando por dentro
Os olhos fechados podem remeter ao passado
Poderosos troncos ocos abençoados
Roda a mística no canto rouco do mestre
Embriagados de fé homens à frente
Tocando em reverência à Virgem do Rosário
Olhai que até no céu os anjos dançam em louvor
Andam às pressas sem ter pressa de parar
Ungindo as mãos na água ardente
Ganhando o tempo num vai que nem demora pra voltar
Urge a tona todo verso a entoar
Sábio é aquele que nem tem pressa pra chegar
Toques repicados póstumos a homenagear
Instintos a aflorar de dentro os ancestrais
Nascem pretos e que nem eram todos pretos
Honrarias ao Rosário
O tambor: troncos ocos abençoados