Natalice
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Navegar é um dos verbos do sonho.
A magia da beleza feminina,
Totalmente admirada nesta tela fria,
Alimenta devaneios surreais...
Lerei a imagem estática e, ademais,
Imaginarei o esplendor que germina.
Como me esquiar do que proponho,
E ignorar teu corpo, razão da poesia?
Ponho lentes fotocromáticas, então...
Imaginas o porquê desse dilema?
Não! Eu explico, sem problema.
Há tanto brilho no teu olhar contente,
Espontaneidade sem imbróglios,
Irradiando raios convergentes;
Raios divergentes, feixes aleatórios...
O torpor me motivou tal proteção.
Farândula de cachos revoltos, cabelos...
Adoro a entropia organizada!
Buscar a desordem na unificação,
Reinventando conceitos da criação,
Ínfimo homem me torna, mais nada!
Creio na busca, mesmo a desordenada,
Impondo ao limite um único limite:
O de permitir-se tudo, ponto final!
Crato-CE, 19 de Dezembro de 2012.
11h42min
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