Chamo-me Laura
Chamo-me Laura...
Lê-se em seus belos olhos negros,
brilhantes, decididos a espelhar
meiguice. Dois pontinhos negros... Queixume?
Em versos canta o cantor de fados:
“Olhos castanhos que encantam, olhos verdes... Traição.
Que paixão! Olhos azuis... Ciúme...”
Arvore de Louros, empresta-lhe o nome. Com que rimar?
Colhe-se verdes folhas- entrelaça-as para embelezar
Trançando os ramos em Coroa de Louros.
Secas, tempero para fantasiar o sabor. Condimentos?
Uai! Ai de você fadista se não cantar as diferentes matizes dos olhos!
Suas insinuações de: Encantos Queixume, ciúme... Traição.
Os olhares... Os olhos...
Turbilhão de sentimentos.
Raros olhos, profundo negrume,
Brilham!
Que espantam e ao mesmo tempo encantam,
Quando encravados num singelo e belo rosto,
Turbinado com leve maquiagem de bom gosto.
Aos seus olhos... Negros... Belos!
BNandú 20/07/2012