Adriana
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A noite nos observa.
Distantes, nossos pensamentos,
Revelam uma busca mútua.
Invenção da minha mente?
Assunção profética inócua?
Não! Claro que convergem,
A magia e o medo do sonho.
Dois mundos entre nos há
E o firmamento, imensa lua.
Meu semblante,
Ora encantado com as estrelas,
Roga que o reflexo
Assimilado aqui chegue aí,
Emergindo na sua retina.
Sairemos amanhã?
Beijando a tela que me ignora.
Encostei meus lábios e tremi.
Zoando de mim, do que senti,
Existe um amigo – a testemunha.
Refletindo na tela uma tela,
Refratária, ela se destroça,
Avaliando o estrago do choque.
Buenos Aires – Argentina, 13 de Dezembro de 2012.
21h23min