Natália

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Natureza feminina, evasivo olhar.

Alma eloquente que precisa amar.

Teu olhar, teus suspiros e teu existir,

Ávidos tormentos causam aqui...

Leio tudo o que teus olhos dizem!

Impropriedade que a lente esconde,

Assevero e proclamo: tolo é homem!

Por que se curvam os sinos e por quem?

Imploro! Curvem-se para uma deusa...

Neguem os dobrados da realeza,

Harmonizando energia, poder e beleza.

Eu quero e desejo penetrar num mundo novo!

Invadir o inconsciente da insanidade.

Rasgar da minha pele a torpe maldade,

Ostentando um troféu que nunca foi meu.

Forçoso é entender que a vida é mero passeio...

Andar, correr, buscar, desejar – quero é viver!

Bradarei um grito novo, de linguagem universal;

Revelarei que nas linhas curvas da minha mão,

Ímprobas – dormem os sonhos da ilusão.

Como subsistir diante de sutil alucinação?

Invento, no meu paralelo mundo, tudo...

Ouso, porém, duvidar desse ângulo obtuso olhar.

Buenos Aires – Argentina, 12 de Dezembro de 2012.

22h53min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 13/12/2012
Código do texto: T4033055
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