Adriana
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Aos olhos comuns dos mortais,
Desvairados e tolos homens,
Relutaria singular indagação:
Imponderável tempo,
Ampliador de mundos magistrais,
Nossos sentidos
Admiram algo deveras real?
Diva, deusa, divindade – deixa-nos doido!
Entre a transpiração e o torpor do desejo.
Majestosa, de sorriso angelical,
Ousei fitar seus olhos.
Refletidos, os feixes me petrificaram!
A lucidez da minha alma, barro cru,
Esvaiu-se por entre meu corpo nu,
Sopesando as gotas que ficaram.
Banalizei o entendimento de beleza!
E explico, claro! Posso?
Zoar do belo, rir da beleza, ficou fácil!
Experimentar o sentimento;
Ressignificar o mesmo firmamento,
Respirando o mesmo ar que você respira.
Ah, minha deusa, quanto encantamento.
Buenos Aires – Argentina, 12 de Dezembro de 2012.
16h50min