BeAdaS

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Beijar... Ação de singeleza pertinaz, de frívolo espanto.

Experimentar... Reação de buscas, apesar do medo.

Acariciar... Seria a extrapolação de sentidos, encanto?

Toque – sutileza de mãos que buscam almas, credo!

Retoque – novas buscas quando a primeira arrepiou...

Invadir, o escandir da poesia no corpo da donzela virgem;

Zingrar – velejar, a dois, no instante único da vertigem.

A vida é um eterno descobrir e descobrir-se... Mas e o temor?

Leve-o no bolso! E o espalhe, soprando, mundo afora...

Viajar desse modo, tentando e sendo tentada ontem e agora,

Exalta o sabor das descobertas, descortinando o corpo em flor.

Sim! As virgens, quando voam, espalham pétalas divinais!

Deus! Um novo corpo e uma nova mulher querem espantar a terra!

Ah! Quanta vontade existe aqui dentro de mim – e quanta espera!

Singrei mares, velejei em revoltos corpos, mas a parcimônia feneceu.

Irradiou de mim a torpeza d’alma que procura, sem luz, no breu.

Levitar – tensão desmistificadora de músculos relaxados por demais...

Vociferar – grito vitorioso de recentes espasmos culturais e santos.

Assim é a vida – um mar de surpresas e buscar e encantos.

Crato-CE, 6 de novembro de 2012.

12h44min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 06/11/2012
Código do texto: T3971858
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