QUEM SOU EU? (acrósticos)

A chuva (f)orte bate em meu rosto

Meu sembl(a)nte é de tristeza e solidão, mesmo

Com tan(t)a gente que me olha e parece

Fing(i)r que não estou aqui, sob a chuva

Que (m)e encharca as vestes e deixa o meu

Cor(a)ção frio, sem forças para reagir.

O ve(n)to me acaricia, meu corpo treme.

A m(i)nha face molhada, antes ruborizada,

Pare(c)e congelar, sem cor, sem vida.

Que d(e)stino cruel! Que sofrimento sem fim!

Estou no (c)ume da paciência, no entanto,

Sem fo(r)ças, sem carinho, sem ninguém.

A melancol(i)a me invade a alma e então

Eu pen(s)o: quem sabe eu não sou ninguém?

Sou um vul(t)o que amedronta a todos, talvez

Uma co(i)sa qualquer, sem sentido,

Um (n)ada na multidão, apenas um fruto

Da (a)gonia, um ser que não merece atenção.

Obs.: homenagem a três ex-companheiras de trabalho no Porto do Recife: FÁTIMA, NICE e CRISTINA.

(moacir rodrigues)

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 27/10/2012
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