QUEM SOU EU? (acrósticos)
A chuva (f)orte bate em meu rosto
Meu sembl(a)nte é de tristeza e solidão, mesmo
Com tan(t)a gente que me olha e parece
Fing(i)r que não estou aqui, sob a chuva
Que (m)e encharca as vestes e deixa o meu
Cor(a)ção frio, sem forças para reagir.
O ve(n)to me acaricia, meu corpo treme.
A m(i)nha face molhada, antes ruborizada,
Pare(c)e congelar, sem cor, sem vida.
Que d(e)stino cruel! Que sofrimento sem fim!
Estou no (c)ume da paciência, no entanto,
Sem fo(r)ças, sem carinho, sem ninguém.
A melancol(i)a me invade a alma e então
Eu pen(s)o: quem sabe eu não sou ninguém?
Sou um vul(t)o que amedronta a todos, talvez
Uma co(i)sa qualquer, sem sentido,
Um (n)ada na multidão, apenas um fruto
Da (a)gonia, um ser que não merece atenção.
Obs.: homenagem a três ex-companheiras de trabalho no Porto do Recife: FÁTIMA, NICE e CRISTINA.
(moacir rodrigues)