Liberdade Ainda Que Tardia
L imítrofes sentimentalidades
I ncidem metaforicamente sobre os espíritos-livres
B elicosos homenzinhos verdes
E rguem suas ameaçadoras armas de guerra
R odopiando no desastroso afã
D itando ordens com voz estridente
A rquétipos do nefasto, antas antagônicas
D éspotas despidos de humanidade
E mergem das profundezas do Império de Hades.
A s massas se debatem, em polvorosa
I niciam a jornada rumo ao desconhecido
N egam-se e renegam-se reciprocamente
D ão-se ao sacrifício, resignados
A daptados como ovelhas no pasto.
Q uando tudo parece perdido e a
Ú nica saída é um beco sem saída
E is que surge o garboso libertador!
T iranos são depostos e escorraçados
A plausos se ouvem à longa distância
R ibombam os trovões - canhões de esperança
D espojados do medo, iniciam a festança
I nvadidos pelo regozijo
A liviados dos grilhões, à liberdade entoam canções.
CARLOS CRUZ - 26/02/2007