Laís Silva
Não me culpes, por tanto ardor,
Em deportar-me de meu país,
Foi pela febre de um louco amor,
Pelo anjo chamado de Laís!
Desta vida eu nada queria,
Senão por um momento ser feliz
Derramar no olhar a alegria,
De embalar a minha doce Laís!
Pobre de mim que louco beijei,
A tua sombra negra em gris,
Dentro da dor ao peito devotei,
Pensando ser a bela Laís!
Debalde lhe dissera outra vez
Que nada na juventude eu quis,
Ver então essa bela palidez,
Aos lábios enamorados da Laís!
Não cores a fronte em pejo,
Eu jovem inocente nada lhe fiz
Quisera dar-te apenas o beijo
Naquela jovem chamada Laís!