Laís Silva

Não me culpes, por tanto ardor,

Em deportar-me de meu país,

Foi pela febre de um louco amor,

Pelo anjo chamado de Laís!

Desta vida eu nada queria,

Senão por um momento ser feliz

Derramar no olhar a alegria,

De embalar a minha doce Laís!

Pobre de mim que louco beijei,

A tua sombra negra em gris,

Dentro da dor ao peito devotei,

Pensando ser a bela Laís!

Debalde lhe dissera outra vez

Que nada na juventude eu quis,

Ver então essa bela palidez,

Aos lábios enamorados da Laís!

Não cores a fronte em pejo,

Eu jovem inocente nada lhe fiz

Quisera dar-te apenas o beijo

Naquela jovem chamada Laís!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 19/10/2012
Código do texto: T3940344
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