DIÁRIO DE UM MORTO VIVO
D ebruçado sobre um banquinho de madeira
I mpressionante, marcava ponto todo dia
Á mava ficar ali parado e não se mexia
R estava apenas perceber que o velho sofria.
I nfelimente eu passava e não sabia
O velho já cansado, sem eira nem beira
D ebruçado sobre um pedaço de aroeira
E permanecia ali, sentado a semana inteira
U ma forma que encontrou de se isolar
M ostrando seu jeito próprio de chorar
M e dava pena vê-lo ali o dia inteiro
O velho parecia procurar algo no horizonte
R evelava sua fragilidade
T rocou o interior da casa pela rua
O nde podia ver o mundo que um dia foi seu
V i que um dia passei e ele estava cabisbaixo
I maginei-me em seu lugar, mas segui meu caminho
V oltei no final da tarde e nunca mais o vi
O outros dias se passaram, nunca mais vi o velhinho
D ebruçado sobre um banquinho de madeira
I mpressionante, marcava ponto todo dia
Á mava ficar ali parado e não se mexia
R estava apenas perceber que o velho sofria.
I nfelimente eu passava e não sabia
O velho já cansado, sem eira nem beira
D ebruçado sobre um pedaço de aroeira
E permanecia ali, sentado a semana inteira
U ma forma que encontrou de se isolar
M ostrando seu jeito próprio de chorar
M e dava pena vê-lo ali o dia inteiro
O velho parecia procurar algo no horizonte
R evelava sua fragilidade
T rocou o interior da casa pela rua
O nde podia ver o mundo que um dia foi seu
V i que um dia passei e ele estava cabisbaixo
I maginei-me em seu lugar, mas segui meu caminho
V oltei no final da tarde e nunca mais o vi
O outros dias se passaram, nunca mais vi o velhinho