Geruza
Queria enfim dizer-te,
Nas horas do amor moribundo,
Que jamais esquecer-te
Lançou-me ao sofrer profundo
Quando tua fronte se erguia,
Em um momento qualquer,
Eu embriaguei-me pela alegria
Pelo seu hálito de mulher!
Debalde sonhei com a musa,
Que bramia as notas do piano,
Por ti, minha amada Geruza
Derramei as lágrimas no oceano!
Tanta dor ao peito se enleva,
Enervando meu adorar pueril,
Quando a alma apenas leva,
Esse meu desejar assim infantil!
Mas quando vem a noitinha
Deitado eu apenas suspiro,
Iludido em ter sua mão a minha
Neste amor que eu respiro!
Enfim morrerei pela saudade,
Secando minha lágrima obtusa,
Na nota virgem de mocidade,
Por uma anja chamada Geruza!