Geruza

Queria enfim dizer-te,

Nas horas do amor moribundo,

Que jamais esquecer-te

Lançou-me ao sofrer profundo

Quando tua fronte se erguia,

Em um momento qualquer,

Eu embriaguei-me pela alegria

Pelo seu hálito de mulher!

Debalde sonhei com a musa,

Que bramia as notas do piano,

Por ti, minha amada Geruza

Derramei as lágrimas no oceano!

Tanta dor ao peito se enleva,

Enervando meu adorar pueril,

Quando a alma apenas leva,

Esse meu desejar assim infantil!

Mas quando vem a noitinha

Deitado eu apenas suspiro,

Iludido em ter sua mão a minha

Neste amor que eu respiro!

Enfim morrerei pela saudade,

Secando minha lágrima obtusa,

Na nota virgem de mocidade,

Por uma anja chamada Geruza!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 06/10/2012
Reeditado em 12/10/2012
Código do texto: T3919490
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