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A paisagem que se desenha livre ao rés do chão –

Dengosa e faceira – ressente-se docemente...

Reluzir, na tela exposta, restringe-se à deusa viva:

Invariavelmente linda, és esplendorosa, mulher plena!

Ah! Natureza morta, praia insípida que me cega...

Não tenho olhos para ti, porque meu casto sentido,

Avariado pelo furor da vermelha boca, é tentação.

Movam-se ondas, avance impiedoso mar ardente...

O que meus olhos vislumbram e desejam e sentem...

Reflete em mim, em cada parte que vibra e veleja.

Abraço o meu sonho, em seda branca, cabelos ao vento.

Esperando que o tempo, senhor dos devaneios,

Sinta compaixão e me presenteie, após tanto tormento.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 24 de setembro de 2012.

13h11

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 24/09/2012
Reeditado em 25/09/2012
Código do texto: T3898527
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