ANI
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A magia do tempo, agindo em nosso íntimo,
Permite-nos perscrutar, separando tudo...
A refinada análise do homem maduro,
Reiterada ao longo da vida, tentando,
Espanta, mas suaviza o torpor do desejo.
Creia: em você a beleza exorbita, encanta...
Irradiando todo o frisson que me espanta!
Donde brota tanta autenticidade performática?
Ah, já sei! – é dom divino de beleza plástica.
Nenhum encanto surge, inutilmente, do grito poético.
A magia da pena, o enlevo dos dedos, o prazer da visão...
Zingram mundos, buscando minha, tela plena de razão.
Ah! Quanta maldade o espaço-tempo nos faz suportar!
Reviro as fotos, aproximo-me da tela e desejo entrar...
Ésquilo! Quanta tragédia, quantos inúteis sobressaltos.
Ironia tragicômica! É por desejar e sofrer que me felicito!
Revisitei meus novos mundos e descobri você sem plebiscito...
Eleito? Claro que não! Mas nesse jogo todos ganhamos, sim!
Sem essa magia, sem desilusão, sem busca... A vida teria fim.
Juazeiro do Norte-CE, 24 de setembro de 2012.
11h41min
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