.:. AFdeAM .:.
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Ainda que o mundo pareça tristonho,
Relutante e doentio – distante do paraíso inicial.
Irradia de você, doce e meiga mulher,
A magia e o encanto da rainha pudica e casta.
Deus, em sua Onisciência, deu-nos uma dádiva:
Não apenas um corpo, mas toda uma essência...
Enxertada de encanto e devotamento pleno.
Forjada em lâmina pura, esculpida a quatro mãos,
Reluz do seu olhar e emana do seu corpo, creia:
Encanto, estouvamento e um dar-se angelical...
Impossível resistir ao seu olhar, certeiro algoz!
Respiro... E o que sorvo é o torpor do sonho novo.
Entre um e outro devaneio, ponho-me a desejar.
Desculpe a petulância, mas meus olhos desejam...
E desejam, por demais, invadir a tela fria!
Alvissareira, sua beleza alegra o serelepe aprendiz!
Guia o mancebo incipiente, mesmo em silêncio...
Ungida, reveste-se de meiguice, mas é tormento,
Implodindo no casto jovem o sabor que o hálito quis.
Ah! De quantas formas percebemos o instante?
Resposta que a vida nos dará, em pingos sutis.
Mais, mais... Mais e mais... Os versos pululam!
A verve exorbita diante da beleza que me apraz...
Reinventar o belo eu não posso nem poderia, claro!
Todavia, apreciar o êxtase que a beleza propicia,
Incentivando todos os sentidos que se excitam,
Não me torna homem profano, mas sensível...
Sensível e realista ao proclamar: essa deusa existe!
Crato-CE, 17 de setembro de 2012.
16h48min
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