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Meus versos não buscam intimidar.

Afinal, toda beleza, a divindade feminina,

Sensível inspiração de todos os poetas...

Levita entre o sonho e a irrealidade do toque.

Ousar é marca de quem sonha, sem ter;

What? Ah, se os desejos se traduzissem...

Assim como os medos, eles apavorariam!

Pintarei esta tela em palavras unicolor.

Intenções que se transmutariam com o tempo...

Não que os pincéis da textualidade e do amor,

Hodiernos instrumentos de um passado pleno,

Especulem a causa primária do sonho: o amor.

Imponderável tempo, amigo das horas vãs;

Restaure a primeira letra que desejei compor.

O “M” é de mulher, mas existe também no amor.

Reticências...

O que significaria escrever sem ponto final?

Ditoso travessão – amigo que expressa um falar,

Risque de sua tela meu singelo professar...

Insurja-me noutro ponto, por outro ângulo,

Guiando-me entre as vírgulas e os pontos...

Unte-me de sabedoria, encha-me de exclamações;

E, depois de muitos rodeios, de muitos parágrafos,

Sintetize tudo após dois pontos: linda mulher!

Crato-CE, 15 de setembro de 2012

23h49

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 16/09/2012
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T3884655
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