Horizonte infinito

Haja beleza na alma

Ornamento de quem ama

Riam-se os teus lábios com calma

Inseridos na nudez da tua cama!

Zomba do meu cabelo em desalinho

Ouve o crepitar da minha chama

No fogo ardente do teu carinho...

Tira o suor da tua fronte

E vê o mar desenhando um horizonte!

Ilimitando fronteiras

Na sua poderosa fragilidade!

Finge que eu não tenho idade

Ilude a minha insensatez

Nada nesse salgado infinito

Inventando os meus porquês...

Tem-me por inteiro agora...

Olha que amanhã pode não ser hora...

Jacinto Valente
Enviado por Jacinto Valente em 15/02/2007
Reeditado em 25/09/2008
Código do texto: T382411
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