UM CLARÃO NA MADRUGADA

U.ma chuva incessante molha o meu corpo

M.eus olhos apenas vislumbram gotas coloridas

C.om o reflexo das luzes dos prédios

L.entos, meus passos, minhas pernas doloridas

A.me conduzirem a lugar nenhum

R.eajo, procuro ser forte, sigo andando

A.contemplar a madrugada, minha companheira

O.meu refúgio da tristeza, da infelicidade

N.o auge dos meus pensamentos confusos

A.imagem de um raio nos céus da cidade

M.e tira momentaneamente do vazio

A.nestesiando meu sofrimento, me fazendo olhar

D.urante fração de segundos um grande clarão

R.ezo, não sei porque, procurando então me situar

U.nindo forças em plena claridade do relâmpago

G.uardião do espaço infinito acima de nós

A.minha inseparável dor esqueci por um momento

D.ei por mim nessa vida de notívago

A.limentando a esperança de acabar esse tormento

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 18/07/2012
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