brisa e folego
sentado na cama
acordando dos sonhos
lembrando a frescura
daquele nevoeiro
leve, fresco e humído
lento no tempo
um orvalho mudo
inspirador
mas com este tempo surdo'?
tem pouco valor
oxalá houvesse de tudo!
e ao pormenor
por isso não feches a porta
não feches!
mesmo com a estrada torta
não feches!
as vezes pouco importa
quando se faz o que se gosta
por isso não feches essa porta
com as costas
há caminhos em calçada
daqueles que gostas
em calçada!
e não nos levam a nada
ou nos levam a nada
mesmo sem destino
caminho
preparo-me
para esta jornada
sem fechar a porta
a nada
mesmo com a estrada torta
pouco importa
vou criar pontes
entre horizontes
por isso nunca te importes
e não feches a porta
nunca com as costas
bilau
não feches