brisa e folego

sentado na cama

acordando dos sonhos

lembrando a frescura

daquele nevoeiro

leve, fresco e humído

lento no tempo

um orvalho mudo

inspirador

mas com este tempo surdo'?

tem pouco valor

oxalá houvesse de tudo!

e ao pormenor

por isso não feches a porta

não feches!

mesmo com a estrada torta

não feches!

as vezes pouco importa

quando se faz o que se gosta

por isso não feches essa porta

com as costas

há caminhos em calçada

daqueles que gostas

em calçada!

e não nos levam a nada

ou nos levam a nada

mesmo sem destino

caminho

preparo-me

para esta jornada

sem fechar a porta

a nada

mesmo com a estrada torta

pouco importa

vou criar pontes

entre horizontes

por isso nunca te importes

e não feches a porta

nunca com as costas

bilau

não feches

Bilau
Enviado por Bilau em 05/05/2012
Código do texto: T3651099