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Meus olhos, coitados, andam pesados e tortuosos demais...
Amam silente tela fria onde o corpo dela, quase desnudo,
Rasga a janela, provoca a gravidade e macula minh’alma.
Ingrata fêmea, ríspida mulher que foge antes do toque.
Ah se a volúpia do desejo, apesar do medo que me aflige, voasse!
Negro olhar, negrume do que de mim se esconde, tenho pressa.
A sutileza do pedido, voraz e incontido clamor, não me acalma.
Meu corpo é templo – dele, pode brotar tudo: a paz, o caos supremo!
Osculando e auscultando nossos corações, dois em cada corpo,
Tangentes pelo ato que o ato do amor pode e sempre provoca, nossa!
A pólvora que me povoa se faz infinda, reiterando minhas visitas, moça.