Daiane

Dorme anjo, que na ventura de uma ilusão,

A tua voz ecoa entre a noite silenciosa,

Iluminando nas trevas, meu pobre coração

Ansioso, por tua rósea visão vaporosa

Não derrames, sequer uma lágrima por mim,

Eu chorei por ti! Muitos rios de dor sem fim!

Debalde, em minhas súplicas de oração,

Amei tua imagem pálida sob o clarão da lua,

Infinito! Fora a certeza que na solidão,

Abrasou-te a paixão a tua pele virgem e nua

Não meu anjo! Meu amor é o ardente pecado

Embevecido em um canto pobre e desolado!

Dizei-me então, se por mim um dia morrerás,

Ao ver-me partir com os olhos sem volver a fronte,

Iludido! Serei mas por fim, dos teus olhos cairás,

A tristeza que fulgura no meu límpido horizonte...

Não meu amor, que sejas breve tua miragem

E eterna serás esta minha imortal homenagem!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 11/03/2012
Código do texto: T3547364
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.