Raro
E ncostei minha face na face da noite e
N o seu beijo temeroso despertei
C onfusa, tentei sorri para suprir
A falta de coragem de terminar frases
N unca ditas, mas foi em vão.
T rilhei por tanto tempo em um caminho fúnebre
A rrastando comigo uma lágrima que não secava,
M adrugadas trouxeram inspirações
E me senti capaz de duvidar do acaso,
N o momento em que o vi ali,
T ão próximo de minha presença ausente
O stentada a tanto custo pela solidão
I nsanamente, do meio ir meio voltar
N esse amor sou quem você encontra sem procurar
S ou a voz que murmura gritos de socorro
O scilantes na imensidão do teu silêncio,
L uz resplandecente no luar dos teus olhos,
I nfantil querer contido e paciência oprimida,
T ua rima, tua paz, interrogação e reticências,
O ndas misteriosas que só você sabe decifrar...
Escrito em 2009