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Verde – cor da esperança, da natureza fértil...

A mesma cor do vestido que esconde o teu corpo.

Nada contra as vestes, mas a beleza do lindo dorso,

Estreita o liame entre a verdade e o devaneio sutil.

Sem o espanto da visão plena, com tudo escondido,

Suamos os enfeites da ilusão, dando murros no vazio,

Assaltando o poder da indisciplina com a mão.

Onde e quando o homem, descuidado, criou tal proteção?

Lindas formas e corpos esculpidos deveriam estar desnudos!

Ingrata vida, arte indecorosa que cobriu, deixando insinuações...

Vorazes olhares, insidiosos pensamentos, cheios de pulsações;

Eis que em teu corpo, de verde pluma, verte esbanjamento,

Irradia luz de primazia que de mim retira o breu da treva, sofrimento.

Restou-me agora, ao sabor incontestável do teu silêncio,

A razão desta trama: brindar, com poesia, teu corpo, linda dama.

Crato-CE, 19 de fevereiro de 2012.

20h01min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 22/02/2012
Reeditado em 25/06/2012
Código do texto: T3512427
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