As cantigas infantis que embalaram a infância de muitos leitores do Recanto das Letras, quando interpretadas literalmente, não são nada politicamente corretas.
Uma das mais famosas diz: “Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu. Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu. Miau!”.
O poema abaixo imagina como seria o contato, depois de vários anos, com a querida Dona Chica.






 
O que Dona Chica pensou

E la ali passou ou no local sempre morou
S obre a cantiga do gato que não morreu
P rocurei entender tudo o que aconteceu
A senhora a qual assistia a cena
N ão expressou um pingo de pena
T al mulher deve ser insensível
O modo que agiu considero horrível

D iante de uma covarde agressão
E la somente demonstrou admiração

D escobri o endereço da malvada
O uvi dizer que era uma coroa casada
N a casa dela resolvi bater
A ocorrência eu desejava muito esclarecer

C hica abriu a porta meio desconfiada
H ipocondríaca informou estar bastante gripada
I ncrível a cara de pau da desalmada
C ínica ela não me deu nenhuma satisfação
A lém de cruel, provou que não tem educação







 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 21/02/2012
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3512109
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