O uço dizer que ninguém leva nada ao morrer

T enho que esse pensamento rebater
E u provo que muitos carregam
S uas mágoas que jamais entregam
O ressentimento a morte não desfaz
U ma única pessoa disso é capaz
R ancor certas almas recusam deixar
O resto elas permitem aqui ficar

Q uão enorme é o orgulho em alguns existente
U ma espécie de ferida persistente
E stado de infelicidade resistente

A ofensa, eu sei, foi demais
L indos sonhos não são possíveis mais
G estos estúpidos revelaram um grande culpado
U m comportamento que merece ser condenado
N oites de imensa frustração
S ofrimento originado por tão triste decepção

L á, no passado, um indivíduo errou
E u reconheço, muito te maltratou
V ale a pena, no entanto, oferecer uma oportunidade
A chance preciosa se há arrependimento de verdade
M as, caso prefira, leve sua raiva para a eternidade








              Esse poema eu elaborei pensando numa bela morena que já cantei em outros versos afirmando ocupar todos os meus sonhos e pensamentos.
              Devo tê-la magoado demais, contudo sinceramente não sei bem qual foi o mal que cometi.
              Admitindo que muito a ofendi, imagino que não seria motivo suficiente para que ela hoje somente me ofereça um imenso desprezo e uma gigantesca indiferença.
              Peço perdão a Deus, a ela e aos amigos do Recanto das Letras, porém decidi, com a publicação desse acróstico, que vou respeitar plenamente a decisão dela de, além de partir com todo o seu encanto para a pátria espiritual, também carregar esse “tesouro” lastimável que, na minha opinião, todos aqueles os quais não sabem perdoar levam quando abandonam o palco terreno.
              A partir de agora vou tentar seguir adiante, pois talvez a vida ainda me reserve uma nova morena ou uma ruiva, uma negra, uma loira, uma mulata, enfim, uma mulher maravilhosa interessada em me amar.

Obrigado!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 19/02/2012
Reeditado em 19/02/2012
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