PLACIDAMENTE MORA A MENINA

 
 
        Todos passamos Por crianças um dia; 
              e, é prováveL que voltaremos, 
                 é bom estArmos preparados,
                  pois com Certeza voltaremos para tal proeza...
  Talvez devêssemos vIver num cochicholo 
         Limpinho, absurDamente pequeno...
              onde não hajA espaço nem para um suspiro,
          mas onde tenhaMos um amor mimoso, 
      mas que faisca... rEluz e fascina de misterioso...
       E que as estrelas Nos faça dor de cotovelo, 
daquelas bem doídas, aTé penosas,
         com sua claridadE branca translúcida.
 
 
      Este cochicholo seja coMo um ninho bem quentinho... 
     Onde vivamos esmorecidOs...
Tudo ao de redor seja da coR de flor de abóbora.
   As copas das árvores  balAncem na aurora; 
 
 
e que as montanhas dancem lAscivamente.
 
 
               Enquanto a Menina viçosa, 
               sonâmbula lEvanta as pálpebras negras; 
           se faça de feliNa e atrevida...
 Em lascívia verta lágrImas placidamente...
        Ninguém saberá Na emboscada sinistra,
que o amor preparou pAra ela.


 
(abril/2011)