BIANCA
Beijo teus lábios que em silêncio
dormem nestas fantasias,
que em meu leito pousam.
Imagino o doce de tua boca doce
sem começo ou fim,
sem razão de ser.
Abraço teu corpo de ondulantes formas
recoberto em póros de seda e cetím.
Navegam meus sonhos em teu quarto escuro,
onde me imagino que és dona de mim.
Cálo-me no intante em que diviso um beijo
sem que seja dado
(me torturo assim)
Amo-te em essência, em contexto e rimas
sem te amar, no entanto,
quero-te, por fim.
Belém, 2007
(feito a pedido de um amigo)