Como conviver sem endurecer o coração
Onde antes era tudo amor
Nada mais resta apenas a obrigação
Vida dois, abismo sem fim
Impulsiona para trás, faz querer findar
Vidas vazias,solidão a dois
Eterno desamor,
Nada nunca está bem
Cada um faz o que quer
Insinua-se um pequeno gesto
Acaba sempre em protesto


X

Conveniente se torna
Ombro amigo demora...
Nada lhe faz enternecer
Vidas jogadas ao vento
Entre palavras cortantes
Num desafio constante
Intimo desejo de ter
Em algum lugar uma vaga lembrança
No caminhar, na infância, na vida enfim
Coisas do cotidiano, momentos que já esqueci
Impera a vontade de ir, vida
Afora sonhar, sorrir...