Adeus
Ninguém vive assim, tão triste!
Inda que o amor permaneça e
Longe aconteça,
Sem violão
Ou a melodia do corpo e do coração,
Ninguém vive: desiste...
Corre contra outros hábitos, agora:
Lápide de mármore ou cimento,
As flores de plástico ou cetim.
Um dia escuro, um lamento
De tantos outros dias em tormento...
(Icaro, talvez, por perto demais do sol,
Ousou alcançar outro céu.)
*03.08.1967
+25.11.2011