Adeus

Ninguém vive assim, tão triste!

Inda que o amor permaneça e

Longe aconteça,

Sem violão

Ou a melodia do corpo e do coração,

Ninguém vive: desiste...

Corre contra outros hábitos, agora:

Lápide de mármore ou cimento,

As flores de plástico ou cetim.

Um dia escuro, um lamento

De tantos outros dias em tormento...

(Icaro, talvez, por perto demais do sol,

Ousou alcançar outro céu.)

*03.08.1967

+25.11.2011

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 29/11/2011
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3362632
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