Medo da Noite

Acaba logo noite fria, carcereira das saudades.

Quem sabe o Sol, com sua luz onipotente, não apagará minhas lembranças.

Estava em coma profundo.

A chuva, o silêncio e a música me fez lembrar o passado.

Tal qual minha religião, que uso para esquecer as mazelas do mundo, que bom seria um bom litro de vinho.

Me sinto em um calabouço escuro e infinito.

Rasga-me o peito esta solidão.

Não choro minhas mágoas, contrario o cantor.

Nem sequer consigo chorar.

Sem lágrimas, sem razões.

Mas passa logo noite.

Tenho medo das noites de frio.

Lembro de dias felizes.

Os que vivo são motivantes, apenas o mundo que destoa.

Passa noite.

Passa logo.

Samuel Neves
Enviado por Samuel Neves em 31/10/2011
Código do texto: T3307929