um romance entre uma índia,e um homem branco.




Meu avô morava em uma casa muito grande, e, eu achava enorme; ela era toda de madeira, contava com o porão; e, os seus três andares, uma casa de muito bom gosto. Naquela época não se via falarem casa de alvenaria. Meu avô ficava sempre no porão, um porão de chão batido; sent

ado 
ali ao redor ao fogo de chão; era ali que ele recebia os amigos para contar causos e tomar chimarrão. Só entrava na casa quando queria dormir; até suas refeições ele preferia fazer no amplo porão. O motivo prefiro manter em segredo; então eu já sabia dos seus hábitos e, se não-o encontrei sentado na sombra de um pé da sina -Mao bem grande, que estava em frente da casa; certamente estaria no porão. Quando 
chegava perto dele pedia a sua bênção, que não demora com um lindo sorriso nos lábios respondia: _ Deus que te abençoe minha linda! Eu ficava toda contente me achando muito linda, dava um beijo no rosto dele sentava perto e fazia um pedido: _ Me conta uma história vovô! Dava uma tragada em um cigarro de palha, e sem demora me pedia: _vai buscar uma caneca de água fresca para lá na vertente que é para este seu velho avô beber! E eu coberta de felicidade, corria atender o seu pedido. Pegava uma caneca de alumina meio amassada; saia correndo para a vertente que ficava uns mais ou me
nos uns cinqüenta metros da casa; havia ali um bosque nativo, e que minava entre as pedras uma água muito limpa; era 
tão gelada que a caneca ficava soada como se houvesse tirado de uma geladeira. Voltava correndo, e mais que de
pressa lhe entregava a água. Ele bebia quase tudo, 
dando um tempinho, iniciava os contos, que para mim era os contos mais lindos! Vinho a história do Pedro-mala-zarte, João grande e assim se, seguia a memória a fora, que passavam as
 horas sem noção do tempo. Nisso fui crescendo e meu avó percebeu que aquelas história já não me interessava tanto.
Um dia fui surpreendida quando me falou:
_ minha linda! Hoje vou lhe contar uma história diferente, e, preste bem atenção! Que vou lhe contar
 
 somente uma vez!
Uma Enorme curiosidade tomou conta de mim, foi como se as palavras saltassem da minha boca, que disse: _ Conta vovó!
Sem demora ele começa a falar:

_ Minha linda, esta é uma história real. Isso aconteceu com um dos nossos ante passado; guarde-a muito bem no seu coração! Sempre pense nela antes de julgar uma pessoa! Isso vai lhe ajudar a não com
eter nem uma injus
tiça.

Então ele adentrou na historia:
_ Veja bem minha linda, vê um ante passado nosso; ele era ainda um moçinho; bem na flor da idade; esta começando a sua vid
a. Este menino saiu com outras pessoa saíram atrás de terras, e, embrenharam –se na mata. Depo
is de terem andado muitos dias, e de meses e messes procurando um lugar; encontraram um lugar perfeito que parecia ser um lugar perfeito; uma terra muito boa mesmo! E,com os recursos que tinham se estabeleceram ali mesmo.
Começaram derrubar a
 mata para fazer as plantações. Fo
 
i quando surgiu um problema que na verdade já esperavam por este... As terras já estavam preparada, a mata toda derrubada para aquela plantação. Neste contra tempo os índios percebendo a presença deles, começaram logo a reagirem; defendendo o seu território, que deu inicio a uma guerra entre o “homes civilizado” e os selvagens com uma diferença: _ os civilizado matavam crianças é mulheres enquanto os selvagens só matavam os homens; preservam as mulheres e as crianças.
Eu muito curiosa pergunto:
_ Mas, porque eles não matava
m mulheres e crianças vovô?
Ele que estava com todas as palavras na ponta da língua me responde, e continua a historia:
_ Nuca soube o porquê! Tal vez fosse apenas por um costume da tribo! “Os civilizado” faziam questão de pegar os b
ebês para criarem, sendo que depois, seriam seus escravos; muitas vezes eram roubado a noite, isso sem que, ninguém percebesse. Depois de muitas 
batalhas as coisas se acalmaram
; só que no acampamento ainda havia algumas crianças índias. Muitas não se habituarão a alimentação. Principalmente os bebês, que foram acometidos de forte diarréia e vômitos; o que levaram a óbito; o mais chocante ainda era que depois de serem enterrados os corpos sumiam, pois eram levado por os selvagens, que deveriam ficar o tempo todo obse
rvando onde estas eram enterradas. Foram muitas as crianças selvagens que morreram; até que um dia uma criança branca como se falava; este sumiço foi deduzido que os índios a raptaram. Foi a maior perseguição. Esta criança deveria ter um seis anos de idade. Depois de quatro dias de buscas encontraram a aldeia que ficava a beira de um rio bem largo, com águas profundas, e sem aviso começou a matança; foi quando os índios fugiam se jogando no rio, em um mergulho não se via mais eles. Neste episodio, o menino branco foi jogado nas águas por uma índia; na t
entativa talvez de salvá-lo.
Um índio arriscando a vida mergulhou, e, trouxe a criança até as margens do rio e sumiu. Este mergulho troce a vergonha para aqueles homens, que ficaram ainda mais envergonhados quando o menino contou 
que avia se perdido e foi picado por uma cobra; e logo não viu mais nada, dormindo e acordando em uma estiva; na aldeia e que foi muito bem cuidado.
 Um índio ficava a noite inteira cuidando dele. No terceiro dia, o menino teve muita febre, que variou a noite tod
a; nessa altura o menino já estava de volta ao acampamento dos brancos, que haviam encontrado-o, muito desfalecido na barranca do rio. Foi lhe dado todo tipo de remédios e nada de baixava a febre; quando pela manhã bem sedo foi uma surpresa; encontram uma vazia de barr
o, tipo uma garrafa; esta estava na porta do acampamento ande estava o menino. Havia dentro um liquido que, no inicio ficaram com medo de dar ao menino, mas um medico que buscaram na cidade desenganou a criança, dizendo que não tinha mais nada que pudesse salvar aquela criança; como a febre não baixará só aumentava, foi lhe dado um pouco do liquido da vasilha deixada ali durante a noite; e logo a febre fo
i acalmando, que até a noite já não tinha mais febre. E assim foi feito todos os dias.
Este menino ficou totalmente bom, e pensar que com uma febre tão alta que teve ate poderia ficar com alguma seqüela, mas não teve nem uma seqüela. Os selvagem fugiram para outra margem do r
iu bem longe dali um moço foi atrás deles para saber mais dos seu costumes sempre escondido só observava percebeu que tinha uma mulher que fi
cava em uma oca semp
re s
ozinha apenas a mulher do cacique e o feiticeiro falavam com ela mais ninguém se aproximava até que veio a lua nova e teve uma festa com muitos peixes e caças; havia uma fogueira bem grande e todos estavam ao redor do fogo dançando o mesmo compasso a canção era só um ho ho ho; no compasso de tambores feitos de taquaras e pele de animais; lá pela meia noite a mulher foi trazida pelo feiticeiro. Ela estava toda decorara- 
da com flores e penas coloridas por todo o corpo, quando sucedeu fechou se uma roda em volta dela bem no centro; ela está sempre calada. Ela esta sempre calada; as mulheres colocaram presentes em uma cesta feita de cipó tecida ela mulher do cacique
. O moço observou tudo de longe durante o tempo todo. O cacique lhe entregou uma lança, um arco e flecha serviram-lhe uma refeição que ela comeu calada, depois que se- alimentou, cada mulher da aldeia lhe deram um abraço. Não demorou nada para o feiticeiro acompanhá-la a
té fora da aldeia. O moço percebeu que aquela índia estava sendo
 banida da tribo condenada a v
iver só. Então para ver o que aconteceria acompanhou ela de longe sem ser percebido ela caminhou só por muitos dias. O primeiro dia não comeu nada; quando chegou à noite encostou se em uma arvore bem grande, o tronco parecia que formava

 paredes, ela acomodou-se ali; porem, ele antes da noite cair se acomodou 

em uma rede que levou com ele, armou-a encima da copa de outra arvore, de
 onde podia vela, e, anotava tudo o que aconteci; a sua intenção era fa
zer um documentário não queria perde-lá; estava curioso para
 ver no que iria dar aquilo. Depois de três dias finalmente, chego a beira de um riacho; banhou-se, e depois comeu algumas frutas, que ganhara na aldeia; descansou um pouco, continuou a sua caminhada parecia que teria que ficar muito longe da tribo. Então depois de algumas semanas de caminhada sem parar, se estabeleceu perto as margens de um riacho, um lugar perfeito para uma moradia muito linda. Avia uma cachoeira suave com muitas plantas coloridas, as arvores eram cobertas de azáleas, elas eram de cores variadas; estavam floridas; havia bastantes flores amarela e muitas orquídea de variadas cores flores pequenina bem v
ariadas, na barranca do riu para ornamentar ainda havia os pássaros coloridos de bastante espécie; e de um pássaro bem azulzinho outro bem verdinho e o casal faziam o seu ninho em tocas n
a barranca do rio, a índia fez uma oca ali bem em meio as plantas, ficou tão bem escondida, que se ele não estivesse vigiando nuca imaginaria que ali tinha uma oca; ela trabalhou duro durante um mês; tecendo a sua moradia, deixando uma entrada bem discreta, que nem dava para perceber. Passou a viver ali sozinha, o moço que vigiava-a, começou lhe admirar, sem perceber já não se passava um dia em que não pensasse nela, observava a su
a felicidade mesmo estando sozinha; se alimentava de frutas que ela mesma colhia na floresta, agregava na sua alimentação o mel que extraia de uma colméia que vivia no tronco de uma árvore, mas só retirava a contida - de necessária; e de vez em quando pescava um peixe. Corria por entre as flores e os pássaros acompanhavam-na; com uma revoada bem baixinho, ela tinha um corpo bem definido para uma índia, um lindo rosto e de cabelos longos. Ele observava tudo, desde quando se banhava nas águas, até a forma que secava-a, os cabelos; que era seco pelo sol; com uma espinhaço de peixe penteava os. Ele já não conseguia mais voltar para o acampamento, queria ficar perto dela mesmo sem que ela soubesse que estava sendo vigiada; “ passou “a morar na floresta só para poder ver a sua amada todos os dias. Ela saia bem sedo antes do nascer do sol, ia para a cachoeira se banhar; ficava horas ali brincando com as águas; quando batia o primeiro raio de sol ela ficava ainda mais bela, com o sol batendo no seu corpo o moço estava louco de amor. O seu coração já não tinha sossego queria poder ap
ertar aquela mulher em seus braços, não sabia como fazer um contato com ela, tinha medo de assustá-la, e perder a oportunidade de um dia poder lhe aproximar dela.
Passaram-se muitos meses e ele havia perdido a noção do tempo. A sua vida passou ser só para ver aquela linda mulher. Um dia foi em busca de uma flor que não tivesse ali, mas teria que ser linda para deixar para ela; queria que ela percebesse que havia mais alguém ali alem dela e que era uma pessoa amiga. Ele andou quase um dia inteiro, mas compensou, pois encontrou uma orquídea que ele nunca avia visto, tinha um perfume que dava para sentir de longe, era muito branca suas flores; colheu-as com as raízes; sendo ainda bem sedo, antes de clarear o dia colocou na porta da oca, correu se esconder para não ser visto; ficou vigiando, mas ele não havia percebido que ela deixara uma porta secreta nos fundo da oca. No entanto pela primeira vez saiu por esta porta se arrastando como se estivesse se escondendo, não foi se banhar como de costume veio por outro lado até a porta. Quando viu a orquídea saudou como em um ritual, pensou que fosse um pressente de um Deus, levou-a, para perto do rio plantou em meio as amarelas; sendo assim, a branca se destacava; e era a mais linda toda, e todos os dias ela saudava-a orquídea antes de se banhar. Ele ainda ficou mais apaixonado ao ver a inocência da mulher; estava louco a ponto de ir até a terra molhada, onde ficavam os seus rastos e beijava como se estivesse beij
ando os pés dela; sentia ciúmes até dos seus rastos que os cobria, para que nem um animal passasse em cima. Um dia enquanto vigiava-a, brincando nas águas; não percebeu de onde saiu dois homens barbudos e vestidos com umas roupas muito sujas, que os atacaram; ela lutava com eles enquanto o moço jogou- se contra os agressores como um animal furioso; desarmando um deles e deferindo alguns golpes de faca; mas o outro feriu-lhe. Aquela figura que para ele até então era como um ser angelical, vendo que seu protetor estava ferido “atraveçou” a sua lança nas costas do outro homem; enquanto o moço se esvaia em sangue, que cujo saia muito forte; e, em um momento aquelas águas tão claras ficaram vermelhas com tanto sangue, que não se sabe por quanto tempo ficou desacordado.
Quando retornou a consciência pensou que havia morrido; não queria acordar, estava dentro da oca e, a mulher estava meio que adormecida ao lado dele com o corpo decorado com as flores branca da orquídea que ele avia deixado na porta dela, o ferimento estava coberto de folhas amassada 
que ela mastigava e colocava sobre o ferimento. Logo ela o fezele beber um caldo de peixe em uma botija de barro, alem de o peixe havia muitas ervas no caldo; era de um sabor muito ruim; mas o jeito foi beber tudo. Adormeceu novamente e quando acordou, parecia que havia s     bem; quase nem sentia dor; ela havia preparado um caldo de pássaros. Ela já não estava mais com as flores pelo corpo, ele sentia fome tomou o caldo e se sentiu bem melhor; ela cuidava dele com muitos chá de ervas. Todos os dias lavava o ferimento, mascava erva e colocava em cima do ferimento; ele não queria mostrar que já estava bem tinha medo de que ela o mandasse embora.
Depois de uns quarenta dias o ferimento já estava fechado; não havia mais como esconder que estava bem.
Em uma noite muito clara acordou e percebeu que ela não estava do seu lado, ficou assustado; pensou que ela havia ido embora, ala dormiu todo este tempo do lado dele que se conteve não tocar nela de medo de perdê-la, agora que ela estava tão perto, ele podia sentir sua respiração; saiu para fora e avistou ela sentada no chão com os raios da lua batendo no seu corpo quase nu, os raios da lua batiam nas arvores com o sereno e tudo brilhava; ela ali no meio de tudo aquele brilho seus cabelos também estavam com gotas de sereno; se aproxima-o, dela onde ela lhe respondeu com um largo sorriso; o seu coração não se conteve abraçando, e beijou aquela boca tão linda; sentiu que nunca havia sido beijada antes. Ficou ainda mais louco de amor, pensou em fazer amor com ela a noite toda; e percebeu que ela o aceitava levando-a, nos braços para a estiva, beijou aquele corpo todo; ela quietinha quando chegou ao ponto máximo percebeu que era virgem; nunca havia se deitado com um homem; se conteve; que então na-quela noite teve medo de assustar ela. Foi tudo com muita paciência; não queria que ela sentisse dor só prazer; depois de uns quinze dias a transformou em sua mulher realmente cada vez sentia mais amor e desejos por aquela que agora era a sua esposa; era louco por ela, cada dia que se passava sentia que o seu amor e desejos por ela era maior; com seu jeito inocente sempre o surpreendia. Passaram a morar juntos; ele construiu ali uma casa de pau a pique para morarem; e nunca levou-a, para a civilização; por que não queria mudar nada nela, pois o amava como era, assim selvagem.
A felicidade invadir as suas vidas; aquele homem não sentia nem um pouco de falta da civilização, só ia para a cidade comprar algumas semente para o plantio; que plantou pouca coisa, só o necessário.
Viviam basicamente da floresta, com o passar do tempo ela estava grávida, e só deu fé quando a barriga começou a crescer; ficou muito feliz, e agora já tinha uma família. Em um dia bem sedo acordou e ela não estava do seu lado, levantou de sobre salto correu para a cachoeira, e estava lá acocada em trabalho de parto ficou em desespero não sabia o que fazer naquela situação; apenas ficou bem perto dela e abraçou-a, ficando ali horas; e, a criança não nascia o desespero dele era muito grande, ela estava calma apenas esperava; até que nasceu de uma vez; que veio aquele chorou forte, parecia que a natureza saudava o casal e o recém chegado; o sol soltou seus raios sobre o bebê que ela o apresentava para a floresta; aquele homem cheio de felicidade, esperava para poder apertá-la em seus braços, com a criança levantada ela mostrava chamando as almas de seus ante passados para o protegerem; pedia para que a floresta o protegessem que aceitassem como parte da flor- esta, pedia para que os animais nunca o atacassem; em fim o apresentou para os pássaros e as orquídeas pedindo que fosse esperta como um pássaro, e perfeita como as flores banhou-a, nas águas, pedindo pureza; só então colocou nos braços do pai. Era uma linda menina, forte e saudável ela chamou-se: “Ânua”, que significa pau de flor. “Ânua”, crescia rápido, era muito linda; passou-se mais um tempo. Talvez um ano e meio; ela estava grávida novamente.
Aquele moço agora era um pai de família. Um dia já era tarde ele procurou por sua amada encontrou ela na cachoeira, estava parindo novamente; só que desta vez um menino homem que choro forte; que até as arvores saldaram o casal com uma descarga de folhas e flores, o local ficou coberto de flores e folhas; podia se ver a floresta em festa o maior alvoroço macacos passando de uma arvore para outra; os pássaros se ajeitando para dormir, ela o apresentou para floresta pediu proteção para o menino chamou: “Acauã”, grande ave que ataca as serpente, o moço tinha muito orgulho de sua esposa, era uma excelente mãe e esposas. Assim se sucedeu que a cada dois anos nascia mais uma criança, ao todos foram dezenove filhos. Preocupado com o futuro das crianças foi até a cidade comprou lápis e caderno
ensinou todos escrever as meninas eram as mais lindas e cobiçadas escolheram com que queriam se casar. eram filhas de um homem que era o amor, casaram-se com homens bem posicionado o dinheiro vinha de um minério que ele encontrou na barranca do rio só retirava o o que precisava. apresentadas pelo pai, que só entregava a filha depois de o casamento e sendo este sem festa; não queria festas por que sua esposa não participava de festa. Os filhos homens também foram se casando e deixando a floresta, mas sempre estavam visitando os pais, muito preocupados com eles, pois já estavam bem velhos e não deixavam aquele lugar por nada. A oca feita por “eiracema” continuou lá bem preservada; o amor dos dois ainda era maior; e, se amava como na mocidade; seu coração ficava acelerado quando chegava perto dela.
Já estavam com a idade bem avançada o amor permanecia, e os filhos tinham medo de que um viesse a falecer, o outro certamente faleceria também de dor e tristeza. Em uma noite “ânua” a filha mais velha fazia companhia para os pais, que passou a morara com eles na floresta estava para tomar conta deles. Em noite de lua nova, uma noite de uma beleza que nem da para explicar; parecia que era uma homenagem para o casal, que estavam sentados fora da casa, a lua banhava os dois com o seus raios e as flores soltavam o seu perfume “ânua”contemplou toda aquela magia, ali não foi tocado em nada, estava tudo exatamente como no dia que aquela mulher índia chegou ali. “Ânua” contempla seus pais como poderia aquele amor! Nunca se abalar os dois estavam abraçados trocando beijos apaixonados juras de amor como adolescentes; der -repente a lua se esconde “Ânua “se aproxima chama os dois para dormir, responderam que naquela noite dormiriam na oca de “Eiracema”; “Ânua” não questionou, ficou contemplando os dois que saíram abraçados acenaram para ela depois de vê-los entrarem na oca “Ânua“ deitou-se. Caiu uma forte chuva, “Ânua” adormece. Pela manhã acordou e estava tudo quieto, os pássaros não estavam cantando, os macacos não faziam algazarra, a floresta estava calada e tudo estava tão calmo; ela sentia sua alma com uma leveza; e sentia um perfume de flores silvestre que acalmava-a, foi até a oca para ver os pais; de longe avistou que a oca estava coberto de flores; que não dava para ver nada; pois só se via flores e folhas as arvores estavam todas florida se aproximou e chamou, mas ninguém responde; corre para dentro e vê os dois abraçados como se estivessem dormindo, “Ânua “, sacode os dois percebe que haviam falecido, pois um raio atraveçou a oca e matou os dois amantes enquanto dormiam. Depois de chorar muito “Acauã “foi a cidade chamar os irmãos, foi uma confusão! Queriam levar o corpo dos dois para velar na capela, mas os filhos não permitiram, pois se a mãe em vida nunca quis ir até a cidade em vida não iria querer ir agora! Muito menos não seria enterrada longe do seu habitat, ela era parte daquela floresta viveu ali um amor que veio de encontro a ela nunca será, no entanto a floresta a protegeu. Seria enterrada ali perto da cachoeira, assim foi enterraram o casal bem no pé de uma árvore grande, que sempre estava coberta de azaléia e orquídeas, em menos de um ano já não podia se ver a sepultura dos dois ficou coberto de azaléia e orquídeas por todos os lado, só se via uma mensagem que o filho mais velho escreveu no tronco com a lança de sua mãe; era assim: _ juntos viveram e juntos partiram, apenas para ver outros lugares, a vida continuara sempre aqui; meu maior orgulho foram meu pais que discassem em paz, foram enterrados na mesma cova para não separar os dois; sempre podia se ver muita vida naquela árvore; que transformava tudo em magia; com ninho de pássaros por todos os
Galhos e pés de planta; de muitas espécies.
Foi então que perguntei: _ vôvo me fale se o moço era o nosso ancestral? Insisti ainda perguntei: _ Aquela ponta de lança que o senhor estava olhando um dia destes, éra da lança dela? Aonde o senhor escondeu? Quero ver melhor!
Responde o meu avô: _ Devolvi para aflo- resta.
Continuo no questionamento: _ Era da lança dela, vovó?
Ele não me respondeu, apenas deu uma tragada bem longa em um cigarro de palha de milho e me falou: _ já estou cansado vou me deitar!
Fiquei curiosa, mas meu avô nunca me respondeu as minhas pergunta. Sempre dez de pequena me sinto meio que estranha; quando ainda pequena me olhava nas águas do rio e via uma indiazinha ali, que estava sempre enfeitando o corpo com flores silvestre, e colocava flores pequenas na cabeça espalhando pelos cabelos. Até nos dias de hoje gosto de floresta parece que faço parte delas! E, o que mais me deixa feliz é um passeio em uma floresta, olho e vejo toda como uma grande magia, até as formigas trabalhando lá dentro da mata; ainda me sinto uma índia quando entro a mata a dentro, gostaria de ficar ali e morar dentro em uma floresta; olho-me nas águas a minha imagem é de uma índia, se o meu avô tivesse me confirmado que vim de uma família assim; teria muito orgulho de saber que lá no passado vim de um amor tão grande e puro.
Adormeci um dia destes e sonhei com todos os personagens desta historia. Não sei o porquê! Pois faz tanto tempo que a escutei. Então levantei no meio da noite e comecei a escreve- lá, me lembrei de cada detalhe; era como se estivesse vivendo ali na mesma época, vi todos os lugares como se fosse um filme passando na minha frente; posso garantir que era muito triste no inicio e muito lindo de uma parte em diante. {fimm}

Dona Joana
Enviado por Dona Joana em 21/10/2011
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T3290680
Classificação de conteúdo: seguro
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