Águas do Luso
Águas do Luso
Água que no Luso nasces
e nos lábios de meu Amor morres…
Como te invejo… como eu te invejo
por tocares na boca sagrada,
por beijares a minha Amada.
Água cristalina, tornas-te parte
daquele corpo que a mim fascina.
Agora sei o porquê de tão bela alma.
Culpa tua água cristalina…
Bebe as lágrimas dos Deuses
que no Luso brotam.
Água que respiras e bates
nos olhos do meu coração,
que neles fazes espelhar
meu rosto.
Água que és do Luso
só em ti confio para regar
a Flor mais linda.
Beber-te nos lábios dela
é tudo que mais desejo.
- Plenitude do Sentir – Pedro Lopes –
- Editorial Minerva – Lisboa – 2006 -