AO DIGNÍSSIMO: FERNANDO PESSOA
F'oi em Lisboa que pelo ventre de Maria Magdalena
E'streou a estrela mais brilhante da literatura
R'einando em Portugal e conquistando o mundo
N'orteou o palco moderno, na própria visão futura
A'sabedoria substancial da vida cotidiana
N'um caminho de pleno ocultismo e misticismo
D'estinou-se a escrita tão profunda e essencial
O'fertando a temática hoje existente no modernismo
A'os passos de um poeta discreto e enigmático
N'os concedeu alguns de seus desdobramentos
T'ão puros, donos de uma personalidade própria
O'usou atribuir-lhe heterônimos, dos devidos tempos
N'um patamar mais elevado, repleto de formalidade
I'nvestiu num médico que fez das métricas suas leis
O' epicurismo, a mitologia e o estoicismo poético
N'os levou a conhecer toda a vida de Ricardo Reis
O'utro poeta, que assumiu numa primeira fase
G'overnada pela tristeza em seu cotidiano em prantos
U'nificou logo após a vida moderna envolvida por máquinas
E'nveredando o estresse na postura de Álvaro de Campos
I'negavelmente, surge o mestre de todos os outros
R'esplandecendo na temática bucólica que o envolve por inteiro
A'o qual acredita na percepção dos sentidos, sensacionista
P'osto à frente da simplicidade, o grande Alberto Caeiro
E', finalizando este resumo da características literárias
S'imbolizando através da grande importância em mente
S'ó nos resta falar um pouco da característica permanente
O's quais alguns até o veem como um discreto que escoa
A'o não saber decifrar "Ele mesmo" o digníssimo FERNANDO PESSOA.