Lembro-me que quando estive presente na
Última festa de fim de ano, para meu pra
Zer, quantos me cumprimentavam com certa
Insistência e até mesmo admiração.
Muitos me olhavam (parecia até que eu era atração) e
Até perguntavam: “Mas é você mesmo, rapaz? Parabéns!” E aí
Recordava-me dos meus momentos de bebedeiras.
Rapidamente, como se fosse um filme,
Aqueles tristes momentos que eram comuns na época,
Muitos, por sinal, brotavam, brotavam e brotavam.
Iam e vinham como se fosse uma nuvem e
Zás... despertava-me novamente. Gozado que
Uns chegavam até a me questionar, não sei se por gozação, se eu
Levava uma vida tranqüila. Estranhavam mesmo o meu comportamento.
Levar uma vida tranqüila, ora vejam só! O
Único que naquele momento tinha o direito a
Zelar pela sua tranqüilidade era eu e
Isso eu podia “bater no peito”. Mas,
Mesmo assim, com todas aquelas perguntas idiotas,
Aquelas tolices, aqueles questionamentos, eu
Realmente poderia falar de tranqüilidade. Vejam só:
Xiiii... lá vem papai! seria essa
A reação de meus filhos se eu estivesse bebendo.
Vamos, se esconde, se esconde, senão ele vai brigar!
Isso eu nunca ouvi deles mas estamos acostumados a ouvir
Em quase todas histórias de bêbados, sendo
Raro que não saibamos disso. Também sabemos que
Raros são os lares felizes
Em que “reina” um pai alcoólatra, ou mãe.
Infelizmente o problema está tomando grandes proporções e é
Vivenciado por tantos que
Até torna-se impossível fazer estatísticas.
Xiii... lá vem papai! Seria muito triste se aqueles que
Xamego tanto, meus filhinhos, falassem isso de mim. Creio que
A minha vida não teria sentido. Levo uma vida tranqüila, a
Verdade é essa, porque ouço sempre dos meus filhos,
Irmãos, mulher e mãe, por incrível que pareça,
Em qualquer circunstância e, com abundância,
Repetidamente “meu xodó...”, “meu papai” e “meu querido”. De
Lembranças vivo eu. Eu, que tive
Uma vida sem tranqüilidade, sem felicidade e pra
Zer quando bebia, será que
Iria voltar à bebida sabendo que a
Mesma se tornaria um arraso pra mim? E
A minha tranqüilidade, como é que fica?
Raciocinando, será que valeria a pena? E o “meu
Xodó” que tanto ouço atualmente, ao pé do ouvido? Por isso que
A minha parceira, que é a minha consciência,
Vez por outra cobra-me muito. Se
Infeliz fui dentro do álcool, porque
Esquecer do meu passado? A grande verdade é que na
Realidade eu vivo de lembranças... muitas lembranças.
Elixis – 22/01/90
Última festa de fim de ano, para meu pra
Zer, quantos me cumprimentavam com certa
Insistência e até mesmo admiração.
Muitos me olhavam (parecia até que eu era atração) e
Até perguntavam: “Mas é você mesmo, rapaz? Parabéns!” E aí
Recordava-me dos meus momentos de bebedeiras.
Rapidamente, como se fosse um filme,
Aqueles tristes momentos que eram comuns na época,
Muitos, por sinal, brotavam, brotavam e brotavam.
Iam e vinham como se fosse uma nuvem e
Zás... despertava-me novamente. Gozado que
Uns chegavam até a me questionar, não sei se por gozação, se eu
Levava uma vida tranqüila. Estranhavam mesmo o meu comportamento.
Levar uma vida tranqüila, ora vejam só! O
Único que naquele momento tinha o direito a
Zelar pela sua tranqüilidade era eu e
Isso eu podia “bater no peito”. Mas,
Mesmo assim, com todas aquelas perguntas idiotas,
Aquelas tolices, aqueles questionamentos, eu
Realmente poderia falar de tranqüilidade. Vejam só:
Xiiii... lá vem papai! seria essa
A reação de meus filhos se eu estivesse bebendo.
Vamos, se esconde, se esconde, senão ele vai brigar!
Isso eu nunca ouvi deles mas estamos acostumados a ouvir
Em quase todas histórias de bêbados, sendo
Raro que não saibamos disso. Também sabemos que
Raros são os lares felizes
Em que “reina” um pai alcoólatra, ou mãe.
Infelizmente o problema está tomando grandes proporções e é
Vivenciado por tantos que
Até torna-se impossível fazer estatísticas.
Xiii... lá vem papai! Seria muito triste se aqueles que
Xamego tanto, meus filhinhos, falassem isso de mim. Creio que
A minha vida não teria sentido. Levo uma vida tranqüila, a
Verdade é essa, porque ouço sempre dos meus filhos,
Irmãos, mulher e mãe, por incrível que pareça,
Em qualquer circunstância e, com abundância,
Repetidamente “meu xodó...”, “meu papai” e “meu querido”. De
Lembranças vivo eu. Eu, que tive
Uma vida sem tranqüilidade, sem felicidade e pra
Zer quando bebia, será que
Iria voltar à bebida sabendo que a
Mesma se tornaria um arraso pra mim? E
A minha tranqüilidade, como é que fica?
Raciocinando, será que valeria a pena? E o “meu
Xodó” que tanto ouço atualmente, ao pé do ouvido? Por isso que
A minha parceira, que é a minha consciência,
Vez por outra cobra-me muito. Se
Infeliz fui dentro do álcool, porque
Esquecer do meu passado? A grande verdade é que na
Realidade eu vivo de lembranças... muitas lembranças.
Elixis – 22/01/90