A PALAVRA
A palavra não se cala quando há sabedoria
Ecoa como uma onda intransponível de razão
Envolve em generosidade a mágoa sofrida
Soa como sino que tini em forte vibração
Prova impiedosa e implacavelmente a paciência
Esculpindo com requintes detalhes da personalidade
De quem imprime rótulos conforme aparências
Desprezando os valores que julgam uma verdade
A palavra na multidão que se emerge travada em lutas
Engrandece valores que o homem por algo os esqueceu
É aquela que se revolta sublime a confrontar-se à censura
Gerando anjos na terra e cintilantes estrelas no céu
A palavra dispara certeira como feita flecha em fogo
Dói como prego nos pulsos... coroa de espinhos, mas se acalma
No aplicar em momentos de desespero reverte em saudável consolo
De arma poderosa transformar-se em curativo para ferimentos da alma